2º parte

Rapaz- Já percebi, não estas com disposição para falar, muito menos para me dar uma mãozinha, eu respeito isso.

(muito tempo depois)

Olha uma pomba :D tão fofinha.(um minutos depois) Não, não,não, não faças isso pombinha, não faças. Obrigado -.-.

Amor! Será que não és capaz de me arranjar um pano ou assim ? Estou sujo.

(Depois de o ignorar por 2 horas e 24 minutos, ela abre a janela.)

Ela- Toma o teu pano.

Rapaz- Obrigado amorzinho.

Ela- Vai para o inferno.

Rapaz- Para que é essa faca ?

Ela- Já vais ver.

Rapaz- Oh não ! não faças isso !

Ela- Tarde demais, boa viagem até ao caixote do lixo !

(Sim isto é uma história, portanto como em todas as histórias os caixotes do lixo estão sempre lá quando alguém cai de um prédio, com 1 andar)

....

(1 mês, 59 ligações por parte dele que nunca foram atendidas, 25 mensagens de voz e 7 cartas depois...)

Ela- Olá Mister Harter, como se sente hoje?

Harter- Muito bem querida, a outra enfermeira disse que queria que fosses até ao quarto 12 porque estava lá um doente que ela tinha que ver mas teve que sair de emergência.

Ela- Obrigado Mister Harter.

Ela entra no quarto e de repente tudo ficou escuro, alguém estava a leva-la, o pânico instalou-se dentro dela, ela debatia-se como podia, mas simplesmente não se conseguia soltar. Alguém a pôs num carro,e apressou-se a sair daquele local o mais depressa possível.

Ela- Quem és ? O que queres ?

Do outro lado só recebia silêncio. E um aviso de que se gritasse morria.

Fora fechada numa caixa, o espaço só permitia que ela conseguisse mudar de posição entre estar de pé ou sentada, estava confusa, cada som do que tinha acontecido ficara-lhe gravado na cabeça, e reproduzia-se vezes sem conta contra a vontade dela.

Gajo da mascara- Toma, come.

Ela- Vai para o inferno.

Gajo d.m- Se não comeres agora só vais ter outra oportunidade amanha. Come puta !

Ela- Vai para o inferno.

Ao longo do tempo, ela aprendera a mostra-se fria e implacável em frente ás outras pessoas, por uma simples questão de sobrevivência dizia ela, embora o motivo fosse de todo outro. Durante aquela noite desejou até que Ele (Rapaz), de alguma forma qualquer conseguisse perceber que ela estava ali, e que a fosse salvar, mas não criou grandes esperanças uma vez que sabia que ele nunca fazia nada de útil.

Passaram-se dias, ela teve que aceitar a comida que lhe davam, caso contrário não ia manter-se viva. Tinha desde que fora presa tentado não perder a noção do tempo, fora raptada às 3 da tarde, sabia que a viagem não tinha demorado mais de 2 horas, e logo depois que chegou foi-lhe oferecida comida portanto eram provavelmente 6 horas da tarde, só não aceitara comida no primeiro dia, a partir disso já tinha recebido comida 6 vezes, uma conversa entre duas pessoas denunciou que só lhe dariam comida uma vez por dia, portanto ela estava ali há seis dias, que para ela pareciam uma eternidade.

Foi com surpresa quando no que ela julgava ser o dia 10 ouviu uma nova voz do lado de fora. Ela podia jurar que era a voz dele,ela tinha a certeza que era a voz dele. Desejou que ele estivesse mesmo ali para salvá-la, mas de repente um frio correu-lhe pela espinha, e o nó que tinha na garganta apertou com mais força.

E se for ele ? E se foi ele que me mandou raptar ? Será que ele era capaz?Se ele não tem nada a ver com isto o que estaria aqui a fazer ? As lágrimas começaram a correr pela primeira vez desde que ali estava, a ideia de que o homem que ela amava podia estar a fazer aquilo acabou com ela, todas as suas forças foram levadas.