domingo, 4 de julho de 2010

8º Parte

Ali estava ela na cama, o corpo era convidativo, o momento era convidativo. A atracção carnal carnal era indiscutível, ele queria tanto como ela que os seus corpos se unissem em um só, queria tocar cada centímetro do seu corpo, e deliciar-se com o sabor da sua boca, beijar os seus seios e ... E nada! Mas para tudo ! Isto é um texto erótico ou o que ? Mas vamos lá ter calma, conta mas é a história ó parvalhão !
-Ok, ok. Só estava a tentar apimentar as coisas um pouco, mas eu vou directo à coisa então.
-É bom mesmo.
-Mas deixas-me começar a história ou o que ? E já agora, quem és tu ?
-Eu sou a tua consciência.
-Ah, ok. Voltando à história.

Ali estava ela na cama, a convida-lo para uma noite de prazer. Era difícil de resistir a tal tentação.
-Então? Não vens ? Estou à espera.
-Ok, que se lixe.
Ele foi de facto para a cama, começou a beija-la, despiu-a e começou a percorrer o seu corpo com os seus beijos.

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-Eu não acredito que ele está mesmo a fazer isto. Não consigo acreditar.
Sentia raiva dele, sentia nojo de o amar, conseguia ouvir a ofegante respiração dela enquanto ele lhe percorria o corpo. No seu coração nada mais havia senão magoa. Até que....

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-Ele está a cair como um patinho, e parece ser bom na cama, eu consegui!
Ela estava dominada, sentia que estava a ganhar, já nada ia impedir aquilo com que ela sonhara por tanto tempo de acontecer, quando de repente sentiu um ferro frio encostado ao seu pescoço.
-O que é isto ? -gritou.
-É uma arma Susie. Uma arma.
-Ela procurou a arma que tinha nas costas, mas já não estava lá.- Ele descobriu a arma.. mas como ?
-Estás á procura da tua arma ? Essa esta aqui Susie na minha outra mão. (atirando a arma dela para o chão)
-O que se está a passar ?
-Isso pergunto eu Susie. O que foste tu fazer ?
-Espera, eu posso explicar!
Ele ignorava-a, agarrou-a levou-a para a sala e amarrou-a a uma cadeira.
-Onde está Ela ?
-Não sei do que estás a falar.
-Sabes sim Susie. Eu fui até ao hospital, e perguntei a cada enfermeiro que estava lá se sabia onde Ela estava, e ninguém sabia. Depois perguntei de quem é que ela estava a tratar, foi então que a chefe das enfermeiras disse-me que a última vez que a tinha visto estava com o Mr. Harter, e eu pensei: Harter ? Eu acho que conheço este nome de algum lado.. Perguntei ás enfermeiras se podia falar com ele, expliquei que Ela tinha desaparecido e deixaram-me falar com o senhor. Ele pareceu-me um homem simpático, eu perguntei-lhe se sabia alguma coisa sobre Ela, e ele simplesmente disse que Ela esteve lá mas que não sabia se acontecera algo, ou para onde ela poderia ter ido.
Foi nesse momento que eu me lembrei.. Harter... esse é o ultimo nome da Susie! A principio pensei que era só um acaso, mas depois pensei melhor e perguntei-lhe.
-Mr.Harter, eu sei que a Susie está metida nisto, e se você não me contar o que sabe ela vai se magoar.
-Não faça mal à Susie! Isso não. Por favor. Eu conto tudo aquilo que sei.
Estava apenas a fazer bluff para ver se ele caia, e funcionou na perfeição. Foi então que ele me disse que tu tinhas ido lhe pedir para dizer à Ela que tinha que ir a um quarto, e aí os teus ajudantes iam estar à espera dela para a levar. E disse-me que não sabia de mais nada.
Eu fui para casa, e quando cheguei reparei que o teu carro não estava lá estacionado. Não devias estar em casa,ao ir para o meu apartamento achei melhor ir até ao teu dar uma vista de olhos, sabia que guardavas a chave extra num pequeno orifício que existia na ombreira da porta , no caso de perderes a outra. Só tive que entrar, e quando entrei não vi nada, fui ao teu quarto percorri a casa toda e não encontrei nada. Já tinha desistido, estava a ir embora quando pensei! - O quarto de arrumações!- Fui lá, e nada, achei muito estranho, até que me lembrei de um compartimento escondido que me tinhas falado no ano passado, tive algumas dificuldades mas consegui encontra-lo, e lá dentro tinhas uns aparelhos muito estranhos, que eu não sabia para o que serviam. Tirei uma foto com o telemóvel e sai. Mandei essa foto ao Sérgei, um gajo que percebe tudo de informática, em menos de dois minutos ele respondeu-me de forma simples que alguém utilizava aqueles aparelhos quando andava a expiar alguém.
A parir daí percebi que tinhas a minha casa sobre escuta ou mesmo a video-vigilância, e quem sabe até mesmo a gravadora. Mandei uma sms ao Glik que dizia o seguinte: Não digas nada do que sabes quando eu chegar ao apartamento, segue o que eu disser quando chegar. Depois explico. Portanto quando viste que eu e o Glik não sabíamos de nada sobre o desaparecimento dela, nós só estávamos a esconder o que sabíamos. Fomos jantar fora, onde eu lhe expliquei o que sabia e a partir daí tentamos pensar num plano para encontra-La. Estávamos a pensar em seguir-te, mas seria muito arriscado, porque caso nos visses saberias que tínhamos descoberto e ia tudo por água a baixo. Ao que o Glik diz-me:
-Tive uma ideia ! Ela esta completamente interessada em ti, nem precisas fazer muita coisa, eu aposto que se amanha eu não for à tua casa ela vai. Depois é só jogares o jogo dela.
-Espero que estejas certo meu caro. Espero que estejas certo.
-O Glik esta sempre certo no que diz respeito a gajas chefia !
-vamos ver então.
Não é que o rapaz estava certo ? E agora aqui estamos nós. Agora diz-me:
-ONDE ESTA ELA ?
-Como ela diria: Vai para o inferno!
-Eu vou perder a minha paciência e enfiar esta bala na tua cabeça !
-Não tinhas coragem amor, e para além disso há um grande buraco no teu plano.
-Buraco ?
-Sim, os meus subordinados, a esta hora já devem ter visto o que estás a fazer, e devem estar a vir tanto para aqui como para onde esta a tua amada para a matar.
-Errado, o Glik foi ao teu apartamento quando estávamos na cama e partiu todos os teus aparelhos. Amor.
Agora o suor escorria-lhe pela cara, não estava à espera daquilo, estava completamente indefesa. Pela primeira vez estava nervosa.
-O que foi ? Ficas-te nervosa foi ? Não estavas a contar com isto ? Diz-me onde ela está agora !
Ela não falou.

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Enquanto isso no armazém:
-Foda-se. Volta a dar Filha da Puta de computador !Volta!
Todos os sentimentos negativos possíveis estavam ali presentes, poucas forças lhe restavam, se não comece-se em breve iria morrer, ele provavelmente estava morto coisa que ela não sabia porque a merda do computador deixara de dar, dentro de pouco tempo o Gordo viria e iria querer ajustar contas depois do que ela lhe fizera. Ele para além de morto tinha lhe partido o coração ao ir para a cama com outra. Já nada fazia sentido, as coisas nunca estiveram piores antes.

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