-Onde Ela está ?
Silêncio era tudo o que tinha recebido até agora.
-Muito bem, estas a conseguir deixar-me sem paciência. Vais me dizer onde ela está ou não ?
-Não és tão bom a descobrir coisas? Descobre isto também.
Ele pegou no telemóvel que tinha deixado em cima da mesa.
-Glik, podes subir. Traz aquilo que combinamos.
-Ok patrão. já vou.
Algo pareceu incomodá-la.
-O que vais fazer ? Torturar-me ou algo do género ? Haha, como se alguma vez tivesses coragem para fazer tal coisa!
Agora o silêncio veio da parte dele, e isso deixou-a nervosa, estava a perder o controle emocional.
-Diz-me o que vais fazer !
Ele voltou a não responder. O Glik entrou pela porta, para alivio dela não trazia nada para além de um computador, computador esse que ele abriu e deixou à frente dela. Fez isto e saiu, eles nem trocaram olhares. Cada vez aquilo estava mais estranho.
-O quão gostas do teu pai ?
Ao mesmo tempo que disse isto apareceu no computador a imagem do quarto onde o pai dela estava, a cara dela era irreconhecível, estava a começar a desesperar.
-O que vais fazer com o meu pai ? Não faças nada ! Por favor !
Ele voltou a ficar apenas em silêncio.
-Não o magoes, ele não tem culpa de nada disto. Deixa-o em paz ! Magoa-me a mim.
Ela continuou a gritar com ele, repetia varias vezes para ele deixar o pai dela em paz, para a magoar a ela, ele continuou sem dizer uma única palavra e isso funcionava perfeitamente com ela. No ecrã do computador aparecia agora o Glik indo de encontro ao pai dela.
-Pai ! Não faças isso ! Manda-o parar por favor !
-Estás a ver isto ? Como vai acabar depende apenas e só de ti, basta me dizeres o sitio exacto onde Ela esta e eu ligo ao Glik a dizer-lhe para parar. Caso contrario acho que ambos sabemos o que acontece.
- O Glik não fazia isso.
-Não fazia ? Queres apostar tudo nisso ? Ele não tem nada a perder, nunca ninguém o viu entrar ou sair daquele quarto, o teu pai, bem, segundo o que vi do historial médico dele se lhe dermos mais morfina do que ele está a receber neste momento não vai demorar muito a morrer. Nunca ninguém vai suspeitar que alguém o matou. Qual era o interesse de matar um pobre homem ?
Ela engoliu em seco, tudo o que ele estava a dizer era verdade- Ok, eu digo-te onde ela esta. Agora diz ao rapaz para parar. Novamente ele pegou no telemóvel.
-Glik, para.
.Ok chefe.
-Agora diz-me, onde Ela esta ?
-Num armazém ao pé da linha de comboios, o endereço está escrito num livro que tenho na sala, na prateleira é o 13º a partir da direita.
Quando ele começou a correr em direcção à porta ele gritou - E eu ?
- Eu trato de ti depois.
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-Raios ! Socorro ! Ela gritava desesperada, sabia que ninguém a iria escutar, mas não havia mais nada que ela pudesse fazer, gritava com as ultimas forças que tinha, estava esgotada, estava frio, muito frio ali, ela tremia, não conseguia sequer sentir as mãos. Estava fisicamente acabada, e psicologicamente não estava melhor. Toda ela eram desgostos, dor, magoa, tristeza, desespero e medo, muito medo. Já perdera tudo o que tinha naquela vida, só tinha a vida, e mesmo essa parecia que ia lhe ser tirada.
-Oh não, esta alguém a chegar. O GORDO, pensou ela. -Estou morta.
-Então puta ? Achavas que podias corta-me a pila e sair sem levar ? É preciso ser muito crente. Tive que levar pontos na pila ! Sabes o que isso é ? Vais levar tanto. A Susie disse-me para esperar, mas foda-se eu não quero saber, quanto mais depressa tu estiveres morta melhor para mim, mas não sem antes sofreres. Achavas que eu era estúpido não é ? Parece que estavas enganada, quando alguém me provoca, acabou-se.
-Vai para o inferno !
Levantou o braço e bateu-lhe em cheio na cara, ela começou a sangrar, o lábio tinha rebentado. - Não me respondas cabra !- abriu uma mala que trouxera consigo, tinha alicates, facas, pinças, e uma bateria que parecia servir para dar choques eléctricos.
-Qual destes preferes primeiro ?
Ela não falou.
-Qual preferes puta ? Responde !
-Tu é que disseste para não te responder.
-Agora estás a armar-te em engraçadinha é ? Vais levar vaca.
Voltou a bater-lhe na cara, agora ela sangrava do nariz.
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-Rápido Glik, anda mais depressa !
-Queres ser preso é ? Tem calma !
-Calma? Acelera Glik , acelera!
-Está bem, mas pagas tu a multa .
Por mais depressa que andassem parecia que nunca mais chegavam ao tal armazém.
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-Acho que vou começar por te amolecer com uns choques eléctricos. Que te parece ?
Ela estava com tanto medo que nem conseguia articular palavras, ou o que fosse, estava em estado de choque. Ele pegou nos cabos, e ligou-os à corrente que ela tinha nas pernas, ajustou a voltagem para não a matar de uma vez só, perguntou-lhe: Estas preparada vaca ?
-Ela tentou gritar mas nada conseguiu dizer.
-Aqui vai! Um choque eléctrico percorreu os cabos, passou pela corrente, e entrou no corpo dEla, estremeceu de uma ponta a outra, as marcas das queimaduras provocadas pelo choque estavam a arder, ela tentou olhar para as pernas, mas não conseguia, não se conseguia mexer. Conseguira sentir a electricidade percorrer-lhe o corpo. Ele estava a olhar para a cara dela, tinha se baixado de propósito para a olhar nos olhos, e o que mais a assustava era o brilho nos olhos dele, ele estava encantado com o que estava a fazer, parecia uma criança que tinha acabado de receber um brinquedo novo e queria brincar com ele até se cansar dele. Naquele caso ela era o brinquedo, e ela tinha cada vez mais a certeza que não conseguiria sair inteira daquela brincadeira.
-Queres outro puta ? Mais um choque ? Não ! Agora vamos fazer uma coisa mais interessante. Ele desapareceu do campo de vista dela por algum tempo, quando voltou trazia uma grande panela cheia de água, colocou a panela sobre uma placa de aquecimento que tinha trazido com ele, enquanto a água aquecia ele foi à beira dela. Primeiro deu-lhe um beijo, e pareceu parar por momentos para saborear o sangue dela, amarrou uma corda aos tornozelos dela e levantou-os de forma ás pernas ficarem dobradas para trás, amarrou a corda á volta do pescoço dela, deixando assim as pernas dobradas para trás. Voltou a dirigir a sua atenção para a panela, já estava a ferver a água- Perfeito!- pegou na panela e colocou-a por baixo dela.
-Eu agora vou soltar a corda do teu pescoço, porque se eu não o fizer vais morrer asfixiada, não sou simpático ? Em contra partida, depois de eu soltar a corda vamos ver quanto tempo vais conseguir manter as pernas assim dobradas, sim porque caso não consigas manter as pernas assim vais ficar com os pés gravemente queimados não é ? E nenhum de nós quer isso pois não ?
Ela mal conseguia falar, mas com a força que lhe sobrava tentou sussurrar.
-Não soltes a corda...
-O que ? Não te ouço puta.
-Não soltes a corda por favor...
-Agora já foste mais bem educada, vou pensar, será que não devo soltar a corda ? Resposta á pergunta: Vou soltar a corda cabra.
-Não, pensando melhor não vou, antes disso e enquanto estas a esforçar-te para não morrer asfixiada acho que seria simpático da minha parte mostrar que ainda me sinto atraído por ti, pegou em uma corrente pequena que tinha uma pinça em cada extremidade, levantou a t-shirt dela, mordeu cada um dos seios, deixando um deles a sangrar e o outro roxo, depois agarrou a cada mamilo uma pinça.
-Que tal te sentes ? Bem suponho. Espero que te estejas a divertir, porque eu estou. Raios ! A água já não esta a ferver, ainda queima,mas não o suficiente. Parece que vou ter que a aquecer novamente, e enquanto ela aquece acho que podemos fazer mais alguma coisa interessante não achas ?
As lágrimas corriam pela sua cara, não tinha forças para mais nada, só conseguia chorar. O fim estava próximo ela sentia-o, mas não podia fazer nada para impedir, era uma questão de minutos.
-Já sei o que vou fazer! Gostas de agulhas ? ... Percebo que não me respondas, vou entender o teu silêncio como um sim. Furou-a, com uma agulha foi espetando-a por todo o braço, até que este escorresse sangue.
-Parece-me que a agua já esta pronta. Que te parece ? Foi novamente buscar a panela para por debaixo dela, não se apressou em nada do que fazia. - É agora, é agora que vou soltar a corda.
Tu não queres publicar um livro ? Não ? :O
ResponderExcluirÉ que sinceramente só te falta mesmo enviar isto para as editoras !!
Adoro, mesmo !