domingo, 15 de janeiro de 2012

Loneliness

As luzes surgem na cidade, a noite caiu. Estou sozinho. Não há nada lá fora que me interesse, só as luzes perdidas bem fixas no meio da noite. Estou rodeado de gente, todos alheios a mim, mas não faz mal, eu também estou alheio a eles. Cada um com a sua ocupação, com as suas preocupações, ouço como que em barulho de fundo : "Ei, vamos sair hoje ? Tás tolo! Eu tenho exame amanhã." - Pausa, passo por cima do rio, as luzes agora reflectem-se sobre a água, se ao menos corressem com a água, se ao menos eu fosse para algum lugar, como a água. Se ao menos eu fosse transparente, e simples, como a água.- contínua o barulho de fundo " Estou perdida, tenho exame amanhã, não sei nada". Param os barulhos de fundo, cada um entra nas suas pessoais preocupações. Afinal concluo que sou como um rio que corre para o infinito do desconhecimento, a única diferença entre eu e o rio é que eu não corro para lado nenhum.
Ao longo do caminho há cada vez menos luzes, toda a gente se deixa embriagar pelo decorrer da viagem, tal como tudo à minha volta se deixa afectar pelo escurecer. Continuo sozinho.

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