São Paulo, Dia:__ Mês:__ Ano: algures entre 1999-2001.
Era primavera, nas ruas do centro da cidade, o vaivém diário de pessoas e carros preenchia o plano de fundo, as árvores que se erguiam por entre os pequenos quadrados que lhes eram reservados naquela imensidão de cinzento, estavam praticamente estáticas, só se deixam afectar pela leve brisa que se fazia sentir. Alheios a tudo isso à sua volta, brincavam na rua os meninos de gente, que encontravam nas ruas o seu parque de diversão, onde os carros eram os esconderijos, as árvores que se erguiam o único campo que conheciam, as casas sem ninguém as cavernas por explorar, a loja de animais do outro lado da rua o jardim zoológico, a casa com os muros altos e câmaras de segurança o mundo proibido, os passeios eram os seus campos de futebol. Aquela avenida era a sua avenida, o seu território, toda a gente ali os conhecia, ali não havia nada a temer. Tudo que fosse além daquela avenida era um mundo por descobrir, era o desconhecido, todas as viagens para além daquela rua constituíam uma viagem de descoberta de um mundo novo e surpreendente.
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