sábado, 28 de janeiro de 2012

o que mais me chateia é que eu perdi o controle.

ingenuidade

Estou a tremer, não sei se por ter frio, se por estar nervoso, se por estar triste, se por estar completamente desiludido comigo próprio. Estou num quarto quente, metido na cama, dúvido que seja o frio, sobram todas as as outras hipoteses, provavelmente o conjunto de todas dê origem aquilo que estou agora. Sinto medo.Se misturarmos aquele aperto no estomago que se tem quando se esta ancioso, aos tremores que ocorrem quando se esta no meio de algo importante, com um forte dor de cabeça que ocorre quando se tem demasiados problemas na cabeça, e aquele sentimento de culpa de quem percebeu que tem tanto para fazer e nada tem feito, e aquele sentimento de raiva que se tem quando se percebe que se foi estupido por toda a sua vida e que sempre disse que ia mudar e ainda assim continua o mesmo estupido ingénuo de sempre, se misturarmos todas essas sensações temos mais ou menos o que eu sinto agora, e pode-se também juntar à feliz lista de sensações premiadas aquela de se ter tudo a passar a mil kilometros por hora, como se a informação fosse demasiada para aquilo que a nossa cabeça pode absorver.
Pessoas, falam, pronunciam-se, mexem-se. Gostava de conseguir apagar o que sinto de negativo em relaçao a algumas, mas quando as memórias vem ao de cima... quando elas vêm ao de cima são como uma panela de água a fervilhar, que eventualmente faz esbordar a panela. mesmo estando esta fechada, claro se não se tratar de uma panela de pressão. E também se aplica aqui a panela de pressão.
chega.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

"Good morning, Hell-A. In the land of the lotus-eaters, time plays tricks on you. One day you’re dreaming, the next, your dream has become your reality. It was the best of times. If only someone had told me. Mistakes were made, hearts were broken, harsh lessons learned. My family goes on without me, while I drown in a sea of pointless pussy. I don’t know how I got here. But here I am, rotting away in the warm California sun. There are things I need to figure out, for her sake, at least. The clock is ticking. The gap is widening. She won’t always love me “no matter what”

I'm a complete idiot, what is wrong with me ?

Acho que é tempo de um comprar uma aparelho auditivo

Californication

Então, esta semana resolvi que iria tipo ver californication, like a boss, e vi tudo desde a primeira até ao que saiu da 5º temporada, e tenho a dizer que foi fucking awesome. And I'm now nostalgic.
e só por causa disso vou fazer um posts recheado de posts e imagens, porque isto é o meu blog e eu posso.



Just the fact that people seem to be getting dumber and dumber. You know, I mean we have all this amazing technology and yet computers have turned into basically four figure wank machines. The internet was supposed to set us free, democratize us, but all it’s really given us is Howard Dean’s aborted candidacy and 24 hour a day access to kiddie porn. People…they don’t write anymore - they blog. Instead of talking, they text, no punctuation, no grammar: LOL this and LMFAO that. You know, it just seems to me it’s just a bunch of stupid people pseudo-communicating with a bunch of other stupid people at a proto-language that resembles more what cavemen used to speak than the King’s English.
Hank Moody from Californication







Twat? I cunt hear you? I have an ear infucktion. I'll finger it out later.

Satisfaction is the death of desire

“Things fall apart. They break. That’s life.”

You have to love him for who he is, not his potential.

I met someone… It was an accident. I wasn’t looking for it. It wasn’t in the make. It was the perfect storm. She said one thing and I said another. Next thing I knew, I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. Now, there’s this feeling in my gut… She might be the one…I don’t know how to be with you right now, and it scares the shit out of me. Because if I am not with you right now, I have this feeling that we’ll get lost out there… It’s a big bad world full of twists and turns, and people have a way of blinking and missing the moment; the moment that could have changed everything. I don’t know what’s going on with us, and I can’t tell you why you should trust a leap of faith on the likes of me, but damn you smell good. Like home… like Christmas. That’s gotta count for something, right? Call me.

its about a guy trying to keep it together whilst falling apart.

There’s no hair on her vagina, do you think there’s something wrong with her?

  • Carrie: It's just, you f**ked me in the ass Hank.
  • Hank: Oh, are we talking metaphorically? Because...
  • Carrie: No, I gave up the butt for you! you think i would've let you sodomize me
  • if i didn't tought there was a future in there?



domingo, 15 de janeiro de 2012

Loneliness

As luzes surgem na cidade, a noite caiu. Estou sozinho. Não há nada lá fora que me interesse, só as luzes perdidas bem fixas no meio da noite. Estou rodeado de gente, todos alheios a mim, mas não faz mal, eu também estou alheio a eles. Cada um com a sua ocupação, com as suas preocupações, ouço como que em barulho de fundo : "Ei, vamos sair hoje ? Tás tolo! Eu tenho exame amanhã." - Pausa, passo por cima do rio, as luzes agora reflectem-se sobre a água, se ao menos corressem com a água, se ao menos eu fosse para algum lugar, como a água. Se ao menos eu fosse transparente, e simples, como a água.- contínua o barulho de fundo " Estou perdida, tenho exame amanhã, não sei nada". Param os barulhos de fundo, cada um entra nas suas pessoais preocupações. Afinal concluo que sou como um rio que corre para o infinito do desconhecimento, a única diferença entre eu e o rio é que eu não corro para lado nenhum.
Ao longo do caminho há cada vez menos luzes, toda a gente se deixa embriagar pelo decorrer da viagem, tal como tudo à minha volta se deixa afectar pelo escurecer. Continuo sozinho.

o céu é um frigorífico e tá a descongelar.

Love Ballad - Passos a seguir.

1- Fazer de conta que se tem o coração completamente partido.
2- Introduzir na letra tudo que seja coisa melosa.
3- There you go.


I know that i’ve done a lot of things that hurt your feelings
But I need to tell you, it was never my intention
Now I’m here alone, and all I can think about is you
And how every moment spent with you was close to perfection

You are my angel,
My inspiration, 
My heart is with you
No matter what i do, 
You're always on my mind, 
I'm always by your side, 
I need to let you know
I still love youuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. 

Lying in my bed i can see you lying by my side, 
And i wonder how could i lose you 
I was so stupid, now i'm down and broken 
You are perfect, so perfect, i love youuuuuu

You are my angel,
My inspiration, 
My heart is with you
No matter what i do, 
You're always on my mind, 
I'm always by your side, 
I need to let you know
I still love youuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. 



sábado, 14 de janeiro de 2012

Facepalm

A: Ontem também parti uma unha.
eu: Qual ?
A: A terceira.
eu: A contar de que lado ?

what the fuck is wrong with me ?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

The Beating (ler post anterior primeiro)

Estavam no sítio do costume, à frente da loja que vendia vassouras, sim brincavam sempre ali à frente, mas nunca tinham de facto entrado lá dentro, só sabiam que vendiam vassouras, porque costumavam pedir ocasionalmente para tirar as bolas que insistiam em ficar presas de baixo dos carros, ou nos galhos das árvores. Era de manhã. só 3 deles estavam lá naquele dia.
Paulinho: Gente, eu só vim aqui dizer oí, tenho que ir ajudar os meus pais.
Carlos: tá bom.
Luís: Então é só agente hoje.
Carlos: Você não tem escola hoje ?
Luís: Não, hoje não tenho.
Carlos: Então e aí, o que a gente vai fazer ?
Luís: Eu tenho uns jogos lá em casa, vamos pra lá.
Carlos: Ok.


O grupo era formado por crianças que ou vivam naquela rua, ou então os país lá trabalhavam. No caso do Carlos, os pais dele tinham um restaurante naquela rua. E foi pelo facto de os país das outras crianças comprarem lá comida que o levou a conhecer o resto dos meninos. Não sabia muito bem como é que tinha conhecido o Luís, ele morava no prédio por cima do cabeleireiro, e ainda por cima era o mais velho deles todos, tinha já os seus 13,14 anos. Facto é que ele de um momento para o outro começou a andar com o resto do grupo. Era moreno, alto em comparação, cabelo preto e curto. Era ele que costumava fornecer o material para as brincadeiras, bolas, skates... Morava já ali por cima. Parecia boa pessoa.

O apartamento era pequeno, cozinha, dois quartos e uma sala. O chão era revestido com uma cobertura cinzenta, num material que fazia lembrar lã. As paredes brancas, estavam amareladas devido ao sol que entrava por entre os pequenos furos dos estores. também brancas eram as portas. Na sala um sofá cinzento escuro, sentava-se enfrente da televisão, com uma consola de jogos por baixo, rodeada por fios dos comandos que se deixavam pousar em cima da pequena mesinha de centro, com os quais os dois estiveram a jogar, agora no chão do quarto estavam  brincando com carros em miniatura, bonecos dos power rangers, all kinds of fun. Devia ser por volta do meio dia. Ouve-se uma chave a entrar na fechadura, a porta abre-se.
Luís: Carlos, rápido, se esconde ai atrás da porta.
Carlos: Ok.
Assim ele ficou atrás da porta aberta do quarto do amigo, o espaço entre a porta e o seu caixilho por assim dizer, permitia-lhe por uma pequena fenda ver o que se passava na sala. De repente, junta-se ao Luís um homem que tudo indicava ser o seu pai. Era alto, forte, tinha óculos e cara de mau, trazia vestida uma camisa e calças de ganga que se mantinham no lugar graças a um cinto. O homem começou a gritar mal viu o Luís em casa.
Pai: Então é isso que você faz enquanto eu me mato trabalhando ? Fica na vadiagem ?
O Luís ia começar a responder, mas o homem nem lhe deu hipóteses. Nunca antes Carlos tinha visto Luís com uma cara tão assustada, o grande exemplo, o mais velho, de repente estava ali, a tremer de medo só devido à presença do pai.
Com uma voz cada vez mais exaltada- Pai: Sabe o que eu fui fazer hoje ? Fui à sua escola. Sabe o que me disseram ? Que você reprovou disciplinas por faltas, e como se não bastasse eu que saí de manhã de casa a achar que você ia pra escola, chego lá e me dizem que você continua faltando. Você acha que me consegue enganar é ? Quanto tempo você achava que me ia fazer de palhaço ? Ahn ?
O Luís só conseguia dizer "Pai, eu... " e era interrompido pela voz forte do homem à sua frente. Carlos tinha a certeza que ele provavelmente já sabia o que ia acontecer a seguir, só não tinha a certeza se Luís não estava ainda mais assustado e humilhado porque sabia que o seu amigo estava ali, a presenciar tudo aquilo.
Agora já aos berros enquanto tirava o cinto das calças- Mas você vai aprender, ai vai vai, e se não é a bem vai ser a mau.
L: Pai, não faz isso, não. Por favor.
A cara de pavor do Luís, ou as suas palavras não afectaram o homem nem por um segundo, mal tirou o cinto, dobrou-o em duas partes, certificou-se que agarrava a parte que tinha o ferro com as mãos e que era com a outra parte que ia bater. Aproximou-se do rapaz, e desferiu-lhe uma chicotada na cabeça.
Luís: Pára pai por favor- dizia ele enquanto colocou as mãos do lado da cabeça, com os cotovelos juntos à frente da cara para tentar se proteger.
Mas o homem não parou, depois da primeira, várias se seguiram, umas na cabeça que agora iam contra os braços, que o rapaz usava pra tentar se proteger, umas no torso, até que agarrou o rapaz, sentou-se no sofá e começou a bater-lhe com força nas pernas e nádegas. Tudo que se via na cara do homem era raiva, ira, ele estava a descarregar todas as suas frustrações no corpo do seu filho, batia pra magoar, não pra ensinar, batia por causa dos seus problemas.
Agora o rapaz já nem dizia nada, só chorava e se contorcia a cada golpe.
Pai : é bom que agora você aprenda, senão vai ter mais. - disse o pai largando-o, dando por terminada a sessão de espancamento.
Mal pode ele se levantou, e foi a correr para o quarto, chorar.
O pequeno Carlos não tinha bem noção do que acabara de ver, como criança que era percebia as coisas, viu que era uma coisa má, e que não era a primeira vez que aquilo acontecia. Não sabia o que fazer, estava assustado, o amigo estava deitado na cama, e ali fora estava aquele monstro. O silencio pairava na casa, ele olhou para o seu amigo que estava na cama, nos olhos de luís só havia vergonha e humilhação.
O pai dirigiu-se ao quarto do filho e foi aí que notou a presença da outra criança ali escondida. Carlos morreu de medo naquele momento. Mas a única coisa que o monstro fez foi dizer-lhe pra se ir embora, abriu a porta da casa e expulsou-o.
Nunca mais os dois rapazes tocaram no assunto.

Short story

São Paulo, Dia:__ Mês:__ Ano: algures entre 1999-2001.
Era primavera, nas ruas do centro da cidade, o vaivém diário de pessoas e carros preenchia o plano de fundo, as árvores que se erguiam por entre os pequenos quadrados que lhes eram reservados naquela imensidão de cinzento, estavam praticamente estáticas, só se deixam afectar pela leve brisa que se fazia sentir. Alheios a tudo isso à sua volta, brincavam na rua os meninos de gente, que encontravam nas ruas o seu parque de diversão, onde os carros eram os esconderijos, as árvores que se erguiam o único campo que conheciam, as casas sem ninguém as cavernas por explorar, a loja de animais do outro lado da rua o jardim zoológico, a casa com os muros altos e câmaras de segurança o mundo proibido, os passeios eram os seus campos de futebol. Aquela avenida era a sua avenida, o seu território, toda a gente ali os conhecia, ali não havia nada a temer. Tudo que fosse além daquela avenida era um mundo por descobrir, era o desconhecido, todas as viagens para além daquela rua constituíam uma viagem de descoberta de um mundo novo e surpreendente.