quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quantas vezes vou ter que ir,
Até que sintas a minha falta ?
Quantas vezes vou ter que bater à porta
até que que tu a abras ?
O que pensas que sinto ao ser deixado do lado de fora ?
Não acho que tudo isto valha a pena, mas não tenho orgulho.

Lugar desviante este onde estamos
Para a minha mente desviada
Esqueci-me da tua cara quando deixei tudo isto para trás.
Mas ainda me lembro do teu cheiro
Ainda sei a que sabes.
Espero que estejas a sair-te bem, depois de tudo que eu desperdicei.

Tem sido difícil seguir em frente, sem nada por dentro.
A falta das coisas, as memórias quando fecho os olhos têm-me matado aos poucos.
Sinto saudade da minha mente, da minha raiva e da minha lealdade.
Tenho estado tão sozinho que até a própria solidão deixou-me.

Gostava que hoje fosse o dia em que conseguiria falar contigo,
Mas sou tímido e tenho medo que não gostes de mim da forma que gosto de ti.
Há alguns problemas que tenho que resolver
E algumas coisas que tenho que encarar.
Mas quando tudo deixa de valer a pena, fecho os meus olhos e tento imaginar a tua cara.

Oh, tem sido uma jornada tão longa até ao centro de nada.
Existe um sítio onde não posso reparar todos os danos.
Sou obscuro e estou inseguro sobre quem eu realmente sou,
tudo que eu já senti e que já fingi nesta minha pele.

Eu desenhei na minha mesa, e tornou-se um desenho na minha mente.
Gostava de fazer tudo que não sou capaz, mas primeiro vou limpar todas as lágrimas que já derramei.

Tudo o que fiz até agora, e tudo aquilo que vou fazer,
Tenho a certeza que um dia quando olhar para trás não me vou arrepender de nada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário