quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quantas vezes vou ter que ir,
Até que sintas a minha falta ?
Quantas vezes vou ter que bater à porta
até que que tu a abras ?
O que pensas que sinto ao ser deixado do lado de fora ?
Não acho que tudo isto valha a pena, mas não tenho orgulho.

Lugar desviante este onde estamos
Para a minha mente desviada
Esqueci-me da tua cara quando deixei tudo isto para trás.
Mas ainda me lembro do teu cheiro
Ainda sei a que sabes.
Espero que estejas a sair-te bem, depois de tudo que eu desperdicei.

Tem sido difícil seguir em frente, sem nada por dentro.
A falta das coisas, as memórias quando fecho os olhos têm-me matado aos poucos.
Sinto saudade da minha mente, da minha raiva e da minha lealdade.
Tenho estado tão sozinho que até a própria solidão deixou-me.

Gostava que hoje fosse o dia em que conseguiria falar contigo,
Mas sou tímido e tenho medo que não gostes de mim da forma que gosto de ti.
Há alguns problemas que tenho que resolver
E algumas coisas que tenho que encarar.
Mas quando tudo deixa de valer a pena, fecho os meus olhos e tento imaginar a tua cara.

Oh, tem sido uma jornada tão longa até ao centro de nada.
Existe um sítio onde não posso reparar todos os danos.
Sou obscuro e estou inseguro sobre quem eu realmente sou,
tudo que eu já senti e que já fingi nesta minha pele.

Eu desenhei na minha mesa, e tornou-se um desenho na minha mente.
Gostava de fazer tudo que não sou capaz, mas primeiro vou limpar todas as lágrimas que já derramei.

Tudo o que fiz até agora, e tudo aquilo que vou fazer,
Tenho a certeza que um dia quando olhar para trás não me vou arrepender de nada.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Respirar a vida


Muitas coisas já não são iguais ao que eram, aquilo que já lá vai, bem... já lá vai. Agora existe o agora, e raios o agora tem que ser vivido a cem porcento. Aliás tudo deve ser vivido a cem porcento.
Hoje parei e pensei, já passei tanto da minha vida triste e "deprimido"(desperdício completo de energia) agora sou feliz, e porque não haveria de ser ? Não quero mais desperdiçar energia, não quero mais não viver o agora, não quero mais voltar a ser quem era, quero estar em constante mudança, afinal a vida é isso mesmo, mudar, é fazer aquilo que eu quero agora, fazer o que me deixa feliz.
Depois de pensar nisso percebi que não tinha conseguido perceber aquilo que quero, mas dei um grande passo em frente a perceber aquilo que não quero.
Hoje deixei levar-me pela corrente, sem preocupações, sem medo, mudando uma rotina que me estava a sufocar e sabem; senti-me feliz e livre, senti-me com comigo e com tudo à minha volta e percebi que determinar o futuro ao pormenor simplesmente estraga aquilo que é viver a vida, não nos da o prazer de conhecer o novo, de ter o elemento surpresa e a excitação de não saber o que pode acontecer a seguir, se tentarmos sempre controlar o que somos e o que queremos perdemos o prazer que é conhecer aquilo que é novo e aquilo que existe para lá, para fora da nossa pequena vida planeada ao pormenor para que nada de errado.
É esse elemento surpresa essa excitação de não saber o que vou fazer a seguir que me faz adorar estar vivo, que me faz adorar poder escolher, faz-me sentir vivo e bem.

Podem prender o meu corpo, mas a minha alma para sempre vai ser livre.