A tarde vai calma, estou aqui algures , sentado sabendo que desperdicei uma oportunidade de mostrar aquilo que faço ao mundo, creio que não estava preparado, porque senão teria corrido mais atrás, algo me prendeu, não sei. Nao estou arrependido, mas nao estou feliz comigo proprio. As pessoas ? Nao sei onde estão, mas sei que nao estao aqui. O tempo ? pouco importa, para que pensar nele se perdemos o nosso tempo a pensar em quanto tempo ainda temos ? Estou sozinho? Creio que nao, há sempre alguém, algures, sempre uma alma que vagueia observa e nos vê e que indirectamente nos faz companhia, o sol já se descai pelo céu, as nuvens correm como se estivessem num carrossel, eu não me importo. Nao estou preocupado, estou a viver, a fazer o que me apetece, sinto o estômago apertar, nao almocei, o que isso importa? Quase nada. Espero que a chuva nao comece a cair, não quero lavar mais uma vez a minha alma, as pessoas passam, olham devem tomar-me por um drogado ou algum vagabundo que aqui está. Sinto-me isolado, longe dos pensamentos dos outros, dentro do meu proprio pensamento, alheio daquilo a que me quero alhear. Tudo o que vai e vem nas nossas cabeças , desde as coisas mais triviais até aos nossos desejos mais profundos e secretos, o dia começou turbulento, confuso rápido e parece estar a acabar vagarosamente penando por entre as horas, estou cansado.
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